terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Denominações e Estilos de BD - Comics

O termo “Comics” passou a ser usado nos E.U.A desde os finais do séc. XIX em que as histórias eram essencialmente cómicas e continua até hoje como uma referência à Banda Desenhada Made in USA. Quando se menciona “Comics”, de uma maneira geral, associa-se automaticamente ao “Mundo dos Super-Heróis” que movimenta muitos fãs nos Estados Unidos e no exterior – em Portugal (Espanha, Brasil…) a designação “Comics” já equivale ao “BD de Super-Heróis”, diferenciando-a das outras bandas desenhadas (acontece o mesmo com a BD “Mangá” que também já alcançou um lugar próprio).



Super-heróis “Wonder Woman”, “Batman” e “Superman”

Uma das características da BD norte-americana é o desenho do corpo humano em desprimor dos objectos e planos das cenas. O “culto” da beleza humana na BD americana é levado ao extremo (no feminino, não existe imperfeições e quando sim, são as “más”…) em que as poses e movimentos do corpo tem um grande impacto nas acções das histórias e, muito antes da anterior “puritana” BD Europeia, as muitas cenas em corpo inteiro (meio destapados…) já eram frequentes, não faltando a sedução nas relações das personagens (Flash Gordon, Princípe Valente, Lance…).


“Flash Gordon” de Alex Raymond (1939)

 Um dos requisitos principais para um futuro desenhador de “comics” ou “super-heróis”, é a habilidade para desenhar o corpo humano – as pinturas ou os desenhos de fundo e até a passagem da arte, do lápis para tinta, são muitas vezes realizados por outros artistas com “menos nome”, ficando registados como autores da “Arte Final” ou da “Coloração”. Muitos desses desenhadores, conhecidos ou não, realizam “artwork” das personagens, criando um mercado paralelo aos “comics”, participando em “ComicsShows” (EUA) e vendendo os seus trabalhos nos inúmeros sites relacionados com “Super-Heróis”.


Artwork de “Jungle Girl” de Frank Cho
 Os “Comics” imitam a indústria moderna com a produção em série das suas aventuras de acção para rápido consumo, em que levam as histórias até ao limite, dando origens a novas séries como a ressurreição de Super-Heróis e Mundos Paralelos. O público infantil não é esquecido (em Portugal, só em desenhos animados, na TV com os “Jovens Titans” ou em DVD com o “Super-Homem”) e nem o mais adulto com a série “Zombies de Super-Heróis”!! Para publicar as diversas histórias, existem diversas edições (revistas vendidas em lojas da especialidade ou quiosques) de diversos títulos (super-heróis), com histórias continuadas de número para número e, algumas, interligadas entre revistas, o que quase obriga o leitor a ter certeza do que deseja ou, em alternativa para não perder nada, a comprar tudo. “Imitando” as da BD europeia, também já começaram a publicar volumes de “luxo” (capa cartonada), reeditando as primeiras histórias e outras com temática adulta para venda nas livrarias, visando os leitores que terão agora 30-40 anos. 
 

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