1814 – Katsushita Hokusai (Japão) produziu até 1849, um conjunto de 15 volumes retratando cenas do dia a dia, caricaturizando as pessoas de forma a salientar as suas particularidades. A palavra “Mangá” surge com estes primeiros passos dos Cartoons e Histórias aos Quadradinhos, no Japão. Essas caricaturas denominam-se “Hokusai Mangá”.
As famosas ondas, mundialmente reconhecidas, de Katsushita Hokusai
1846 – “Histórias em Estampas” do suíço Rudolphe Toepffer.
- A partir da metade do séc. XIX, surgem em Portugal as primeiras publicações com cartoons satíricos ou eróticos e muito pouca BD, destinadas a adultos com contribuições de Rafael Bordalo Pinheiro, Leal da Câmara, Flora (António Nogueira da Silva) e muitos outros.
1865 – “Max und Moritz” do alemão Wilhelm Busch
1883 – Em Portugal, é nesta publicação infantil, “Jornal da Infância” que talvez, Rafael Bordalo Pinheiro, tenha dando o seu único contributo narrativo dirigido às crianças, através de uma sua HQ.
1896 – Publicação de “The Yellow Kid” de Ricard Outcault (EUA) no suplemento de Domingo, num jornal. É a primeira BD a usar balões de diálogo como actualmente.
1897 - “The Katzenjammer Kids” de Rudolph Dirks( EUA), também publicado num suplemento de Domingo, doutro jornal, concorrente. Em Portugal, ficaram conhecidos como “Os Sobrinhos do Capitão”.
1913 - “KRAZY Kat” de George Herriman (EUA) e “Bringing up Father” de George MaManus (EUA).
“Bringing up Father”, “Os Sobrinhos do Capitão”, “Krazy Kat” e “The Yellow Kid” |
1921 – Inicia-se a publicação do “ABC-zinho”, considerada como a primeira revista infantil de BD, portuguesa, constituída unicamente por BD de autores portugueses. Um dos seus primeiros directores, foi o José Ângelo Cottinello Telmo (na altura, com 24 anos), mais conhecido como arquitecto e realizador da primeira longa-metragem sonora no cinema português: A Canção de Lisboa. Último número saiu em 1932.
Neste ano, nos EUA, surge a BD “Félix the Cat” de Pat Sillivan que é o primeiro herói de desenhos animados a ser adaptado para Banda Desenhada.
1925 – “Zig e Puce” de Alain Saint-Ogan (França) é a 1ªBD francesa a utilizar balões de diálogo, nas vinhetas, em vez dum texto a legendar a imagem que era o usual, na Europa.
“Zig e Puce” e “Tintin no País dos Sovietes”
1929 – “Tintin no País dos Sovietes” de Hérge, pseudónimo de Georges Remi (Bélgica), é publicado.
Nos EUA, surge a primeira de muitas, adaptações para BD, inspiradas nas aventuras dos romances de E.R.Burroughs, “Tarzan, o Rei da Selva”, desenhado por Harold Foster. Também surgem o 1º herói de ficção científica, “Buck Rogers” de Dick Calkins e Phil Nowlan, e o muito reconhecido, “Popeye” de Elsie C.Segar que graças aos espinafres, ganha uma força invencível para lutar por causas justas num mundo feio, louco e violento que exprime o estado da América em crise.
“Tarzan” desenhado por Harold Foster e uma curiosa nave espacial da série “Buck Rogers”, no ano 2429 A.D.
1930 – “Mickey Mouse”, Walt Disney (EUA)
1931 – Nos EUA, surge a 1ªBD policial,“Dick Tracy” de Chester Gould.
1933 – Considerada como herdeira do “ABC-zinho”, inicia-se a publicação da revista “O Senhor Doutor” até ao nº470 (1943). São publicadas algumas histórias aos quadradinhos ingleses e algumas imitações do estilo sério “à americana” através da BD de António Barata.
As duas primeiras vinhetas são de 1937 e a terceira de 1940, ambas da série “Flash Gordon, sendo a última da série “Mandrake” |
1934 – Nos EUA, surge outro herói bastante reconhecido, “Flash Gordon” de Alex Raymond, considerado como um dos maiores criadores de BD. Também é publicado o mágico “Mandrake” de Lee Falk e Phil Davis.
Em França, surge o “Jornal de Mickey” que permitirá às crianças, a descoberta das séries norte-americanas.
1935 – A par da França, Espanha e Itália, surge em Portugal, a publicação da revista “Mickey”. Ela dará a conhecer, pela primeira vez em Portugal, inúmeros “comics” americanos.
Nesse ano, também nasce uma nova revista portuguesa de Banda Desenhada, “O Papagaio”, aonde serão publicadas pela primeira vez, num país não francófono, as aventuras do “Tintin”! Em 1949 deixa de ser uma revista e passa a constituir uma secção na “Flama”, revista católica.
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