THORGAL
ARGIRSSON
de Rosinski e Van Hame
Pág.45 das SelecçõesBD nº6 "As Lágrimas deTjahz" |
A minha primeira vez que dei de caras com “Thorgal”,
desgostei, mas como já passou MUITOS anos, já nem me lembro do motivo… Talvez
tenha lido uma daquelas histórias que fazem referências a aventuras anteriores
que não tive acesso e como acontecem com os episódios das séries (TV) em que o
final se “arrasta”, perco a paciência!
Influenciado pelos adeptos portugueses das aventuras de “Thorgal”,
aproveitei o lançamento da parceria Asa / Público para o voltar a reapreciar (com
o passar do tempo, o “paladar” altera-se um pouco…) e passei a ser um seu seguidor,
um personagem simples (anti-herói) que quer viver fora de conflitos, mas, é
arrastado para eles… Gosto!
Tintin nº1303 "A Feiticeira traída" |
Thorgal nº3 Asa/Público "Loba" |
Uma das piores criticas que tenho lido sobre esta série,
escritos de “contras” e “apoiantes” de “Thorgal”, é a coloração das suas
aventuras e, eu como adepto do “preto / branco”, estou plenamente de acordo!
Nas primeiras histórias, editadas pela “TINTIN” portuguesa (não, o meu primeiro
contacto não foi aqui…), aquelas “aguarelas” até as minhas sobrinhas conseguem
o mesmo efeito, sem desprimor para as pequenas, de tão “primárias” que são! Com
tal mau trabalho, as futuras pinturas só poderiam evoluir para melhor (!),
mesmo que não sigam sempre pelo mesmo caminho - tanto utilizam cores vivas (caso
álbum Aarícia e minha preferida coloração da colecção) como cores “deprimentes”
em que o traço de Rosinski sai a perder e, por vezes, parece que querem voltar
às origens… Podem argumentar que muitas das opções coloridas (mais as “deprimidas”,
“sinistras”…as “escuras”!) expressam um estado temporal, espiritual… que
descordo – a arte de Rosinski já expressa isso tudo sem cor. Até acho que
Rosinski realiza os seus trabalhos sem a intenção de os ver coloridos que passa
por ser uma exigência da editora!... (…sai uma “Teoria da Conspiração!...)
Passo a apresentar as edições da “Mundo de Aventuras” (série
2) que editaram as aventuras de “Thorgal” a “preto / branco” que nos dá uma boa
perspectiva da arte de Rosinsky !
Esta história ,"A Ilha dos Mares Geladas", foi a primeira história de "Thorgal" editada pela "Mundo de Aventuras", a "Preto / Branco", nos nº362 e 363 (1980).
Aaricia, a amada de Thorgal, é raptada e levada para uma ilha, povoada por um povo esquimó e governada por Deuses. Esses Deuses (os Dominantes) são os mandantes do rapto e é um isco para levar Thorgal ao encontro dos mesmos...
Aaricia, a amada de Thorgal, é raptada e levada para uma ilha, povoada por um povo esquimó e governada por Deuses. Esses Deuses (os Dominantes) são os mandantes do rapto e é um isco para levar Thorgal ao encontro dos mesmos...
Nesta demanda, Bjorn, irmão de Aaricia tem o seu destino selado definitivamente assim como o "Povo das Estrelas" que depositava em Thorgal o futuro da próxima geração...
Página nº7 (362) a “P/B” para comparação com a colorida
editada pela “Tintin”, página 14 do fascículo nº1321 (volume 13, fascículo 21).
Duas páginas da revista nº363 que representa o encontro com a cúpula dos Deuses que na versão colorida, é cor-de-rosa e o regresso de Thorgal com a sua amada Aaricia.
A revista “Tintin”, antes da “A Ilha dos Mares
Gelados”, editou a (anterior) história “A Feiticeira traída” que tem alguma relação com
esta aventura…
Esta curta história de Thorgal , "Quase o Paraíso...", foi editada pela "Mundo de Aventuras" (P/B) no nº387 (1981) e reeditada (1982), a cores, pela colecção "Tintin" nos nº1503, 1504 e 1505 (15º ano, fascículos 3,4 e 5).
"Nos tempos longínquos do ano mil, as montanhas do norte eram penosas para o viajante solitário... O frio, a neve... mas também as imensas florestas povoadas por espíritos maléficos, anões, gnomos e demónios."
Thorgal ao ser perseguido por umas feras esfomeadas, cai num fundo abismo que é o único caminho para o... Paraíso.
Thorgal acorda rodeado por duas belas (com MUITOS anos...) donzelas (irmãs), que vêem este aventureiro com um bom potencial para criar descendência... - em troca, ganhará a imortalidade, paz, saciedade... Neste Paraíso que Thorgal vê como uma prisão, já que não existe a liberdade de sair! - o abismo é só uma entrada, a saída é impossível...
Felizmente, Thorgal tem uma aliada que também quer fugir desta "prisão dourada" e conhecer o "mundo exterior" - existe uma terceira irmã, mais nova (só 150 anos...) que conhece um possível caminho, cheio de perigos que dá acesso ao mundo dos mortais!
A fuga tem sucesso, mas, a liberdade tem grandes custos...
Página 4, a preto e branco da "Mundo de Aventuras" e página 19 da edição do "Tintin".
O traço cheio de pormenores e efeitos faz-me crer que Rosinski planeava o seu trabalho sem se preocupar com a futura coloração, relegado para muito "segundo plano"!
Façam as vossas comparações...
A aventura "Os 3 Velhos do País de Aran" foi editada pela "Mundo de Aventura", nos nº430 e 431, em 1982.
Thorgal e sua esposa, Aaricia que deixou para trás a sua terra natal para acompanhar o seu marido, viajam à descoberta do Mundo.
Pelo caminho, são interceptados por um anão (gnomo, bobo, mandante...) que os convida para uma festa no País de Aran.
Quando chegam ao destino, Aaricia repara num belo colar preso numa armação por quatro cordas e que está relacionada com uma profecia: "Quem libertar o colar de Thjazi com uma única flecha governará o País de Aran". Thorgal é convidado a tentar, mas, recusa fazer o impossível ao contrário de Aaricia que da MANEIRA MAIS SIMPLES (...) resolve o problema, levando a população à histeria e proclamando-a como RAINHA! Para complicar a situação, os 3 Senhores do Castelo (Benevolentes) surgem para levar Aaricia, desprezando e afastando à força o seu marido.
Os Benevolentes enviam vários emissários a convidar nobres para disputar provas e ganhar o direito de fazer par com Aaricia... Isso é um pretexto dos "3 Velhos do País de Aran" para uma outra finalidade mais importante - a imortalidade...
Nesta aventura, aparecem pela primeira vez o trapaceiro Volsung de Nichor e a bela guardiã que participam na história "A Guardiã das Chaves" ("Thorgal"vol.4), editada pela parceria Asa / Pública (2012).
A péssima escolha do vermelho para o fundo das primeiras páginas do álbum, "Thorgal" nº4, só pode estar relacionada, ao contrário da imagem à direita, com a intervenção da Guardiã MÁ!
Para a Guardiã das Chaves, o branco é a escolha acertada...
Nestes dois números (1982) da "Mundo de Aventuras", foi editada a aventura "A Galera Negra" que considero como a dos melhores exemplos da arte do desenho e planeamento para realizar um BD (a P/B...).
Nesta história, Thorgal é um camponês numa aldeia que o aceitou e também acolheu a sua mulher, Aaricia que está grávida do seu filho.
Será Shaniah, filha adolescente do chefe da aldeia que iniciará os sarilhos para Torgal em vingança por ele se ter negado ao seu assédio... Acusa Thorgal de ajudar, na fuga, um criminoso do reino. Por esse crime, é levado por soldados para uma veloz galera sobre a autoridade do príncipe Véronar, um sádico e corrupto que rouba os impostos do seu pai.
Nesta história, Thorgal é um camponês numa aldeia que o aceitou e também acolheu a sua mulher, Aaricia que está grávida do seu filho.
Será Shaniah, filha adolescente do chefe da aldeia que iniciará os sarilhos para Torgal em vingança por ele se ter negado ao seu assédio... Acusa Thorgal de ajudar, na fuga, um criminoso do reino. Por esse crime, é levado por soldados para uma veloz galera sobre a autoridade do príncipe Véronar, um sádico e corrupto que rouba os impostos do seu pai.
Thorgal será salvo pelo seu amigo Jorund que passou a Rei do Norte e lhe faz uma proposta para se juntar e realizar grandes aventuras.
Thorgal recusa, preferindo uma vida mais pacata e regressar à aldeia para reencontrar Aaricia.
Thorgal recusa, preferindo uma vida mais pacata e regressar à aldeia para reencontrar Aaricia.
Infelizmente, a aldeia foi atingida por uma calamidade humana e Aaricia é dada como morta...
CONTINUA
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